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Raro em hospitais públicos, Cateter Nasal de Alto Fluxo salva vidas da Covid-19 no HMB

O Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) é referência para internação de pacientes com suspeita e confirmação de Covid-19 no município. Além de toda a estrutura necessária para o tratamento da doença, a unidade também dispõe de itens complementares, como o Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF), um equipamento considerado raro no setor público, que serve como suporte respiratório e melhora a oxigenação do paciente. 

“O HMB reforçou todo seu parque tecnológico para enfrentar a pandemia e oferecer estrutura adequada e confortável para os nossos pacientes. Um exemplo é o cateter de alto fluxo, que, devido ao fornecimento elevado de oxigênio, pode prevenir o processo de intubação e de reintubação, e é pioneiro no Sistema Único de Saúde (SUS) na região para tratar Covid-19”, comenta Paulo Tierno, diretor técnico do hospital. 

As principais complicações causadas pelo novo coronavírus estão ligadas ao sistema respiratório, como insuficiência respiratória, diminuição da saturação e dispneia, popularmente conhecida como falta de ar. “A Covid-19 causa várias pequenas lesões pulmonares. E quando o pulmão está doente, menos alvéolos estão em funcionamento. Por isso há baixa concentração de oxigênio, o que chamamos de hipóxia. Para tratá-la, é necessário aumentar a quantidade de oxigênio.

Isso pode ser feito com um cateter comum, que disponibiliza cerca de cinco litros de oxigênio por minuto, ou com um cateter de alto fluxo, que chega até 60 litros por minuto, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente”, esclarece Alexandre Roque, diretor clínico do HMB.

Além de oferecer mais oxigênio, o CNAF também realiza essa oferta de forma intensa e concentrada, o que gera uma melhor experiência para o paciente. “O alto fluxo fornece uma mistura gasosa umidificada e aquecida, que é mais cômodo para o paciente e impede lesões como o ressecamento das vias aéreas”, explica Roque. 

Outra vantagem é que o CNAF é colocado apenas no nariz, diferente de outros métodos não-invasivos que também cobrem a boca. Dessa forma, há condições para que o paciente converse e faça as refeições normalmente. Portanto, também é considerado um método mais confortável e satisfatório.

 fotos: Fernando Foca / Secom

Equipamento dificilmente é encontrado em hospitais públic

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