Lesões causadas pela esporotricose em gatos e cães têm tratamento eficiente
A doença esporotricose, que atinge cães e principalmente gatos, tem vitimado vários animais em Barueri. A boa notícia é que a doença tem tratamento com grande chance de cura, realizada em qualquer clínica veterinária.
A médica veterinária Camilla Panizza de Camargo, diretora de Bem-estar Animal na Sema (Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente), explica que o tratamento pode ser longo, mas tem dado bons resultados. Ele é feito por medicamento via oral uma vez ao dia.
“Se a comorbidade for leve, sem acometimento das vias aéreas e sem ter nenhuma outra doença associada, o tempo de tratamento é relativamente curto”, afirma Camilla.
Os animais contaminados apresentam lesões gomosas (áreas elevadas, com ulceração e necrose centrais), principalmente na face, membros e cauda. Essas lesões podem se disseminar comprometendo o corpo do animal.
Além de cães e gatos, a esporotricose também pode ser transmitida para humanos, principalmente quando estes forem arranhados por animais infectados. A doença é uma micose causada por fungos do grupo Sporothrix schenkii presentes no solo, em troncos de árvores e nas unhas dos gatos.
Quando a doença está em estado mais adiantado, além da presença de doenças associadas, o tratamento é mais longo, chegando a durar meses. “É importante saber que a administração do medicamento precisa ser mantida por um período mesmo depois do desaparecimento do sintoma”, alerta Camilla.
Outra recomendação fundamental de Camilla é a de impedir de todas as maneiras, durante o período de tratamento, que o cão ou gato entrem em contato com outros animais.
Prevenção
O aumento do número de casos de esporotricose em Barueri (entre 2019 e o início de junho de 2021 foram diagnosticados 43 gatos com a doença em oito bairros) levou o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses da Prefeitura a intensificar os trabalhos de buscas ativas de novos casos, além de informar as pessoas acerca dos cuidados sobre a doença.
A incidência da doença em cães é bem mais rara, mas o medicamento usado é o mesmo para todos, inclusive para humanos. “O que muda é somente a concentração”, explica a médica veterinária.
É importante prevenir a esporotricose levando o animal ao veterinário regularmente e evitando que ele circule livre pelas ruas. Também é recomendável castrá-lo. Quanto aos donos, é preciso usar luvas para atividades de jardinagem (a fim de evitar o contato com o fungo) e se protegerem caso seus gatos de estimação apresentem a doença.
foto : Divulgação
Com tratamento adequado, lesões desaparecem