HMB explica como a fisioterapia atua no tratamento contra a Covid-19
Quando o assunto é hospital, os primeiros pensamentos são ligados ao acolhimento oferecido por médicos e enfermeiros. Mas você sabia que a fisioterapia é fundamental no tratamento contra a doença causada pelo novo coronavírus? Pensando nisso, o Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) destaca a importância dessa profissão. Atualmente, dos 34 fisioterapeutas disponíveis na unidade, 22 estão atuando com pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19, o que representa 64% dos colaboradores.
A fisioterapia é responsável pelos cuidados com a reabilitação do paciente. Já a fisioterapia respiratória, realizada nos casos de Covid-19, auxilia na melhora do fornecimento de oxigênio. “Ainda não existe um protocolo bem definido, uma medicação efetiva com uma resposta eficaz e comprovada contra a Covid-19. O que a gente tem de importante hoje é esse suporte ventilatório, seja por aparelho ou por outros equipamentos. É isso que vai viabilizar ao paciente as condições respiratórias para melhorar a função do pulmão e, ao mesmo tempo, tentar que o próprio organismo consiga, com um sistema de defesa, combater o processo infeccioso por meio de medicamentos”, esclarece Daniella Branco, coordenadora do setor de reabilitação do HMB.
Pacientes infectados pelo vírus Sars-Cov-2 podem apresentar insuficiência respiratória e necessitar de ventilação mecânica, procedimento que será realizado pelo fisioterapeuta. “Trabalhando em conjunto com as equipes médicas e da enfermagem, somos responsáveis pela intubação e extubação de pacientes e pelo controle dos aparelhos respiratórios, através da monitorização da pressão e do volume do ar, verificando a expansão do pulmão, além de fazer a aspiração de secreções”, explana Ana Carla Prado, coordenadora de fisioterapia do hospital, que destaca a atuação também na recuperação para normalizar o processo respiratório.
Diante de uma doença que pode apresentar uma piora progressiva de forma rápida, a recuperação de pacientes, principalmente os casos mais graves, gera sentimentos de esperança e gratidão nos profissionais. “A partir do momento que um paciente desenganado recebe alta hospitalar, ganha o direito de poder ir para casa e ficar com a sua família, graças a uma resposta clínica positiva, percebo que superei os medos da contaminação e valorizo, cada vez mais, a força do ser humano de lutar pela vida”, comenta a fisioterapeuta.
Justamente para promover o sentimento de realização e também a sensação de segurança, a coordenação do setor viabilizou a doação de macacões específicos e apropriados para os procedimentos fisioterapêuticos, além de proporcionar o atendimento humanizado com a colocação das fotos dos profissionais nas roupas consideradas como equipamentos de proteção individual (EPIs).
“A primeira ideia foi oferecer o equipamento mais adequado para que os colaboradores pudessem atuar com segurança e tranquilidade diante de uma situação inédita, uma pandemia desta proporção. E depois, com uma equipe protegida, também vi o lado do paciente que não consegue identificar a pessoa que está cuidando dele devido ao uso de máscara, óculos, gorro e todos os outros EPIs. Por isso, inspirados nos projetos da Europa, optamos por colocar o nome e a foto nos macacões, para que os pacientes reconheçam os profissionais e se sintam acolhidos por essas pessoas”, explica Daniella, que considera fundamental a valorização dos fisioterapeutas, pois a atuação deles é essencial para o tratamento da doença.
to: Divulgação / HMB
Mais de 60% desses profissionais estão na linha de frente