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HMB alerta para abordagem correta sobre doação de órgãos

Em 2021, até setembro, hospital fez a captação de seis órgãos e dois tecidos 

Na última quinta-feira (30/9), o Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB), unidade da Prefeitura de Barueri gerenciada em parceria com a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, promoveu uma temática especial para profissionais de saúde sobre doação de órgãos para celebrar o Setembro Verde. Além de conscientização, a programação também teve como objetivo capacitar os funcionários para atender demandas sobre o assunto, já que o HMB tem competência e estrutura física para realizar a captação de órgãos para transplante. Entre janeiro e setembro de 2021, o hospital fez a captação de seis órgãos (fígados e rins) e dois tecidos (córneas).

Assim que é identificado um possível doador, o HMB entra em contato com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital das Clínicas. Para explicar a importância dessa Organização e esclarecer todos os fluxos necessários, Edvaldo Leal de Moraes, diretor técnico de saúde da OPO, realizou uma palestra para os colaboradores do hospital. Entre outras funções, a OPO é responsável por avaliar o potencial doador, viabilizar o diagnóstico de morte encefálica e realizar entrevista com a família. 

“Perder alguém é desesperador! Por isso, todos dentro de uma unidade de saúde precisam entender esse momento do familiar para fazer um acolhimento humanizado, com respeito, empatia e ética. Uma família bem atendida conta sobre sua experiência cordial para outras pessoas e essa da ideia de doação de órgãos com um impacto muito positivo pode alcançar mais doadores. Nossa função não é incentivar a doação, mas ajudar a tomar uma decisão que ajudará muitos pacientes e ao mesmo tempo respeitar todos os impactos emocionais dos parentes”, esclarece Edvaldo, que reforça a necessidade de capacitação para possibilitar conversas e respostas francas sobre o tema. 

Passo-a-passo para doação: 

Existem dois tipos de doadores: doador vivo e doador morto. No caso do doador vivo, é necessário que seja maior de idade e considerado capaz juridicamente para doar órgãos como rim, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões aos seus familiares, e se desejar doar para outras pessoas, uma autorização judicial é obrigatória. Já o doador morto, que pode doar rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino, córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias, é um paciente com diagnóstico, comprovado por normas médicas e exames clínicas realizados duas vezes, de morte encefálica, ou seja, a perda completa e irreversível das funções cerebrais.

É importante ressaltar que de acordo com a legislação brasileira, a autorização para doação de órgãos é exclusivamente familiar, por isso, a intenção de ser doador precisa ser exposta à família sempre que possível, já que é a única forma de garantir que a vontade do doador seja realizada e possibilitar a melhora da qualidade de vida de outras pessoas e  restabelecer a saúde daqueles que aguardam o transplante. Com base nos dados mais recentes (janeiro a junho de 2021) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), mais de 45 mil pessoas esperam por transplantes no país, sendo que apenas para rim, a lista é de 26.230 pessoas.

Texto: Janaina Barbedo
Foto: Janaina Barbedo

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