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Barueri inicia na Vila do Conde a implantação do Programa Vizinhança em Guarda

A cidade de Barueri, por meio da Secretaria de Segurança Urbana e Defesa Social (SSUDS), com implementação da Guarda Civil Municipal (GCM), implantou o Programa Vizinhança em Guarda (PVG), baseado na Lei nº 2.920, de 5 de maio de 2022 (veja  AQUI).

O PVG começou a ser implantado na Vila do Conde, na manhã seguinte à reunião realizada na noite de terça-feira, dia 7, entre GCMs, policiais militares e representantes da comunidade. O programa tem como objetivo aumentar a percepção da sensação de segurança, a partir da predição e prevenção de delitos, com a finalidade de inferir positivamente na qualidade de vida dos cidadãos.

O programa é ainda um conjunto de medidas destinadas a conscientizar pessoas de uma comunidade da sua importância e responsabilidade na sua segurança pessoal e coletiva. Visa incentivar as ações de prevenção primária nos locais onde moram, trabalham ou estudam.

Antes de ser implantado na Vila do Conde, o PVG foi também apresentado a instituições como a ACIB (Associação Comercial e Industrial de Barueri), Business Week, empresas como a Sabion e para moradores do Parque Viana.

Reunião de implantação

A reunião foi conduzida pelo diretor do Gabinete de Tecnologia da Informação e Telecomunicação da SSUDS, major da reserva Luiz Humberto Caparroz, que esteve com os moradores da Vila do Conde para orientá-los e tirar dúvidas sobre o PVG.

De acordo com o major Caparroz, a célula mater do PVG é a voluntariedade. “Não existe vizinhança em guarda se não for pela vontade das pessoas em participar de uma gestão de colaboração pela segurança na criação de rede protetiva entre vizinhos em conjunto com os órgãos de segurança. Temos a certeza de que o programa dará certo em Barueri pela experiência já existente em outros lugares”, disse.

Caparroz falou sobre a teoria da desordem física, que relaciona o crime às características físicas das localidades, como prédios degradados e lotes vagos. Explicou ainda a teoria da desorganização social, que se refere à incapacidade da comunidade de integrar valores comuns de seus residentes em manter um efetivo controle social.

O major também abordou a prevenção primária, secundária e terciária e explicou ainda a respeito do triângulo do crime, que é composto pelos elementos criminoso motivado, vítima vulnerável e ambiente favorável.

Na reunião, Caparroz mostrou o modelo da placa do PVG, contendo desenhos de um policial, um guarda municipal e um cidadão, e os números de emergência: 190 (Polícia Militar), 153 e 4198-3205 da GCM Barueri.

O evento teve também dicas de segurança à comunidade ao utilizar caixas eletrônicos, bancos, cuidados em vias públicas e ao chegar em casa, dentre outras. Foi enfocado ainda que “investir em prevenção é o melhor negócio”, o que pode evitar 90% dos incidentes.

Programas similares

O programa de gestão social foi inspirado em outros existentes no mundo. Surgiu nos anos 1.960 – 1.970 em bairros de grandes cidades americanas no formato de Neighborhood Watch, seguindo o modelo do Queens (New York).

No Brasil, as primeiras experiências começaram em 2000 com os nomes de “Rede de Amigos” (em Santa Catarina) e “Rede de Amigos Protegidos” (Minas Gerais). Em 2010, inicialmente em Santo André, foi criado o programa “Vizinhança Solidária”. Ao todo, já são mais de 200 programas no Estado de São Paulo.

Grupos e tutores

O PVG tem o intuito de capacitar tutores para formar grupos de gestão social, compostos por voluntários que, a partir dos tutores, são orientados pela Guarda Municipal a adotar mudanças de comportamento, visando a prevenção primária como base para evitar ser vítimas de crimes. “Cria-se uma rede de proteção entre as pessoas. E isso potencializa e otimiza ações de estratégia de distribuição de policiamento, por meio da Guarda Municipal, que passa a ter informações que normalmente são subnotificadas (casos sem boletins de ocorrências)”, explicou o major. 

Recém-implantado, o PVG é visto com bons olhos e interesse de moradores como Everson Augusto. “Entendo isso como uma iniciativa fundamental. Não somente para a sensação de segurança, mas também para evitar furtos e roubos, que eventualmente possan acontecer no bairro. Os cidadãos abraçaram o projeto, que é bastante essencial. Vai demonstrar para todos a importância da mudança de postura”, afirmou.

Crédito das fotos 1, 2 e 3 – Lourivaldo Fio/Secom

Crédito das fotos 4, 5 e 6 – Wilson Machado Junior/SSUDS

O PVG visa aumentar a percepção da sensação de segurança

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