Chuvas e pandemia não inibem trabalho constante de combate à dengue em Barueri
A chegada da temporada das chuvas no estado de São Paulo, somada ao agravamento das contaminações do coronavírus pela variante ômicron, tornaram ainda maiores os desafios do combate ao mosquito Aedes aegypt, transmissor não apenas da dengue mas também da chicungunha, zika e febre amarela – as arboviroses. Isso porque é nos meses das chuvas intensas do verão a época na qual o mosquito encontra as melhores condições para a sua multiplicação.
Em Barueri, as atividades de orientação e fiscalização seguem intensas neste período crítico para epidemias. “É preciso redobrar a atenção e o cuidado para que não surjam focos do mosquito nos recipientes que acumulam água, aqueles que costumam ficar mais expostos no quintal”, ressaltou Marta Chaves Pereira de Lima, diretora do Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ), ligada à Coordenadoria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde de Barueri.
Marta destacou a importância do Disque Dengue de Barueri (0800-7717207), onde o munícipe recebe informações sobre a doença. O morador pode ainda indicar locais abandonados transformados em criadouros da larva do mosquito e denunciar o descuido de proprietários no combate de focos em seus imóveis. A ligação é gratuita e deve ser feita no horário comercial.
Casos em Barueri
Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, 10 casos suspeitos de dengue foram notificados em Barueri, sendo que um deles foi descartado e outros 09 aguardam o resultado do exame.
Nestes tempos de pandemia da Covid-19, a fiscalização segue as normas da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), de modo que as ações de orientação e fiscalização das equipes trabalham apenas o chamado peridomicílio, ou seja, a parte externa (quintal) dos imóveis.
Nos casos em que o morador apresentar sintomas de gripe ou da Covid, os agentes são orientados a não entrar nas residências e fazer o trabalho de orientação com a entrega de materiais educativos. “O contexto da pandemia tornou o morador da cidade um aliado ainda mais importante por causa das restrições no trabalho de fiscalização”, lembrou Marta.
Planejamento estratégico
Para o fortalecimento do trabalho de combate ao Aedes aegypt, Barueri adotou também a atividade da ADL (Avaliação de Densidade Avaliação Larvária), que permite o mapeamento das áreas de incidência dos focos de proliferação do vírus. Trata-se de um importante e estratégico instrumento de planejamento, que vai contribuir com o norteamento das ações da Saúde.
Apesar de esta época do ano exigir mais atenção, a ação contra a dengue e outras endemias é feita de forma constante o ano todo, com visitas domiciliares regulares (imóveis em geral), pontos estratégicos e imóveis especiais.
Crédito das fotos: Aliz Lambiazzi / Secom
Cuidados no combate ao Aedes aegypt devem ser redobrados na época das chuvas