Saúde

Secretaria da Saúde presta contas do 1º quadrimestre de 2024

Em Audiência Pública realizada pela Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara de Osasco, na noite desta terça-feira (29), a equipe do secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, apresentou aos vereadores e munícipes a prestação de contas da execução orçamentária da pasta, referente ao primeiro quadrimestre de 2024.

Sátiro Márcio Ignácio Júnior, enfermeiro e diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica apresentou os dados coletados pelos sistemas municipal, estadual e federal de saúde. Segundo Fernando Machado, a prestação de contas foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, na manhã da última terça-feira.

No início da apresentação, Sátiro Júnior ressaltou que todo procedimento realizado na Secretaria de Saúde tem um custo e que, neste primeiro quadrimestre, os casos de dengue e síndromes respiratórias aumentaram tais custos, já que houve aumento no número de atendimentos.

“No primeiro quadrimestre foram atendidas 616.584 pessoas, ou seja, 84,6% da população”, destacou Sátiro. Considerando que cada procedimento é apontado como atendimento, foram mais de 2.6 milhões de atendimentos, 1,3 milhão de exames, 38 milhões de unidades de medicamentos e insumos dispensados e 21 mil procedimentos cirúrgicos, considerando ambulatorial e hospitalar.

Destaque para o exame de ressonância magnética, que o município realizou 3.168 no período. Segundo declarou Sátiro Júnior, este exame não é responsabilidade do município, mas do Estado. “O município realiza ressonâncias porque a fila estadual pode ser de quatro anos” afirmou Sátiro.

Em relação ao aumento de atendimentos, Sátiro Júnior evidenciou que a dengue e síndromes respiratórias foram as responsáveis pela maior demanda na urgência e emergência. “Hoje, 22% dos nossos atendimentos são de não munícipes, sendo que os PSs da Vila Ayrosa e do Jardim D’Abril são os que mais atendem os não munícipes”, apontou o diretor de departamento.

“A dengue foi a grande motivadora de filas e tempo de espera nas nossas unidades, além de provocar o aumento no consumo de insumos. Verificamos um escoamento de atendimento de municípios vizinhos para Osasco, especialmente nessas duas unidades”, pontuou Sátiro.

Segundo ele, o atendimento a moradores de municípios vizinhos influenciou na elevação dos gastos orçamentários. “O que era previsto para ser gasto em quatro meses foi gasto em dois porque duplicamos o atendimento”, justificou.

Presidente da Comissão de Saúde, a vereadora Lúcia da Saúde (Pode) aproveitou a oportunidade para falar sobre a situação dos convênios médicos na cidade. “Eu achava que a situação provocada pela dengue era ruim no serviço público, mas o que alguns convênios fazem com os pacientes é lamentável. Percebi que muitos saem de hospitais de convênio para passarem em nossas unidades de saúde”, apontou a vereadora, que solicitou que a vigilância sanitária fiscalize as unidades particulares.

Em relação ao apontamento da presidente da Comissão de Saúde, Fernando Machado declarou que o sistema particular enfrenta crise e que alguns convênios desligam clientes através de e-mail. O caos na saúde privada impacta no sistema público.

“Ouvi uma reportagem que uma paciente de 92 anos que pagava R$ 24 mil de convênio foi desligada. Se esses pacientes começarem a ser desligados unilateralmente do convênio, eles migram para o SUS”, explicou o secretário.

“Nós precisamos torcer para que a saúde dos municípios vizinhos funcione para não sobrecarregar o nosso atendimento. De janeiro a junho de 2023 aumentou em 84% o nosso atendimento. Fica difícil falar algo em um cenário assim. Uma saúde pública que funciona atrai mais pessoas e tenho muito orgulho de conseguir ajudar os outros”, concluiu Machado.

Durante a Audiência, Higor Andrade, assessor da mandata AtivOz, questionou sobre o funcionamento do CAPS AD. O secretário se colocou à disposição para tirar dúvidas pessoalmente na Secretaria de Saúde.

A Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social tem como presidente Lúcia da Saúde (Pode) e como membros os vereadores Joel Nunes (Republicanos), Pelé da Cândida (Pode), Rodrigo Gansinho (PL) e Dinei Simão (PSD).

Por Ana Rodrigues


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