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Barueri é a capital brasileira do vôlei feminino

Sabe o que há de comum entre as atletas brasileiras que estão na elite do voleibol mundial feminino? Muitas delas passaram pelas escolinhas de Barueri ou jogaram aqui em algum momento de suas carreiras. Dentre as 14 jogadoras da seleção brasileira, vice-campeã no último Mundial realizado na Holanda recentemente, seis já jogaram em Barueri.

Uma delas, a ponteira Tainara Lemes Santos, de 22 anos, nascida em Jandira, começou nas escolinhas de Barueri aos 12 anos e passou por diversas categorias de base até chegar à equipe principal em 2016 e ser campeã paulista contra a forte equipe de Osasco, na casa do adversário em 2019. Atualmente defende o Praia Clube, de Uberlândia, vencedor de vários títulos nacionais e internacionais.

José Vonaldo Sousa, o “Cunha”, fala com orgulho da atleta que ele ajudou a formar. “Tive a felicidade de trabalhar com ela, com as irmãs Kenya e Karyna e também com a Jaqueline. Comentava com os pais delas que um dia iria vê-las brilhando”, gaba-se.

A formação

O começo dessas jogadoras é muito difícil: antes dos 10 anos já estão treinando arduamente e não podem se descuidar dos estudos. Barueri exige que elas treinem sempre no contraturno (três horas por dia, quatro vezes por semana). “Nosso objetivo é formar cidadãs através do esporte”, não se cansa de dizer o secretário de Esportes Tom Moisés.

Já nas competições de base (Sub-14 e Sub-15), algumas jogadoras se destacam e recebem propostas para integrar equipes de outras cidades. Uma de nossas jogadoras, a oposta Lorrayna Marys da Silva, de 23 anos, aceitou proposta para jogar no Bérgamo, da Itália. No Campeonato Metropolitano deste ano, as duas equipes estão invictas há mais de 20 partidas. A equipe Sub-14 está na semifinal e a Sub-15 já avançou à final.

Nas seletivas (“peneiras”) organizadas anualmente por Barueri, quase sempre no Ginásio do Jardim Belval, é comum que muitas meninas abaixo de 11 anos, federadas ou não, queiram fazer parte das equipes da cidade, o que acaba dando muito trabalho aos técnicos Adroaldo Sousa e Cunha. A própria Federação Paulista de Volleyball ajuda a divulgar a seletiva em seu site.

O Barueri Esporte Forte se deu ao luxo de disputar recentemente a “Copa Hebraica de Voleibol” com uma equipe mista das categorias Sub-14 e Sub-15 com jogadoras que não são titulares e foi campeão com muita propriedade: venceu as sete partidas (contra A Hebraica, Cotia e Diadema), quase todos por 3 sets a 0.

As conquistas

Barueri é uma referência nas categorias de base do voleibol feminino mesmo antes da chegada de José Roberto Guimarães, técnico do Barueri Volleyball Club e da seleção brasileira adulta. Em 2021, as equipes Sub-17, Sub-19 e Sub-21 chegaram às finais de todos os campeonatos disputados.

No Campeonato Sul-Americano Sub-23, realizado em novembro do ano passado na Colômbia, além do técnico Wagão (Wagner Coppini), Barueri cedeu as jogadoras Jacke Moreno, Diana, Lorrayna, Lorena e Jheovana. O Brasil foi o campeão e garantiu uma vaga nos Jogos Pan-Americanos que ocorrerão em Santiago (Chile) em 2023.

No Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-17, disputado em março deste ano em Saquarema (RJ), Barueri não só cedeu quatro jogadoras para a seleção paulista (Eduarda Zeni, Bárbara Santos, Lorena Astromiskis e Eduarda Souza) como também uma para o Estado do Paraná (Ludmila Guimarães), que terminou a competição como vice-campeã. 

Jogadoras da seleção brasileira com passagem por Barueri

Opostas: Kisy (Minas Tênis) e Lorenne (Sesc Flamengo);

Ponteira: Tainara (Praia Clube);
Central: Lorena (Sesi Bauru);
Líbero: Nyeme (Sesi Bauru) e Natinha (Osasco).

 fotos: Capa e c1: Ricardo Santos/Arquivo Secom;

 Barueri está no mapa do voleibol feminino do Brasil

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